As dores na região do quadril normalmente não são indicativos para problemas graves e, na maior parte dos casos, podem ser tratadas a partir da aplicação de calor na região, repouso, além de evitar a prática de atividades físicas como correr, por exemplo.

No entanto, nos casos em que a dor no quadril é muito forte e insistente, durando mais de 15 dias, e não apresenta melhora mesmo com o uso de analgésicos, é recomendado que seja consultado um médico ortopedista, pois as dores podem ser sinal de um problema mais grave como fratura ou desgaste da articulação, que exigem um tratamento mais específico, sendo a cirurgia de artroplastia de quadril uma das principais alternativas.

Artroplastia de quadril: o que é?

A artroplastia de quadril é uma cirurgia que tem como objetivo substituir a articulação do quadril por uma prótese de cerâmica, metal ou polietileno.

Trata-se de uma cirurgia bastante comum entre indivíduos com mais de 68 anos e pode ser feita de forma total ou parcial, conforme a orientação do médico ortopedista responsável pela realização da cirurgia. 

Quando é necessário realizar uma cirurgia no quadril? 

Conforme mencionamos anteriormente, a cirurgia do quadril, ou artroplastia, é recomendada para pessoas idosas que apresentam desgastes nas articulações, devido à presença de doenças como reumatoide, artrose ou espondilite anquilosante. No entanto, a cirurgia também pode ser realizada em pacientes jovens, caso ocorra uma fratura do colo do fémur, por exemplo. Em linhas gerais, a cirurgia é recomendada em casos de dor crônica, desgaste articular ou quando o paciente apresenta muita dificuldade para realizar atividades rotineiras como subir e descer escadas, caminhar ou entrar no carro, por exemplo.

Em casos de fratura, o paciente vai apresentar fortes dores na região superior externa da virilha ou coxa, além de um significativo desconforto com qualquer tentativa de girar ou flexionar o quadril.

Caso o osso esteja enfraquecido em decorrência de uma doença (como câncer ou uma lesão por estresse), o paciente possivelmente irá sentir dor na região da coxa ou virilha por um período de tempo antes do intervalo. Se o osso estiver fraturado, a perna pode parecer mais curta em relação à perna não lesionada. 

Como é feita a cirurgia

A artroplastia de quadril é realizada no centro cirúrgico sob anestesia. O médico cirurgião realiza um corte na parte da frente da coxa, na lateral ou na parte posterior da coxa e faz a remoção das partes afetadas pela artrose. Em seguida, faz a inserção da prótese.

A cirurgia dura, em média, 2 horas, porém, pode exigir mais tempo, dependendo das condições do paciente. Já no que diz respeito ao tempo de internação hospitalar, pode variar de 3 a 5 dias, além do período de fisioterapia que deve iniciar logo no pós-operatório.

O médico responsável pela cirurgia deve receitar anti-inflamatórios e analgésicos, como Paracetamol ou Ibuprofeno, após o procedimento e enquanto o paciente estiver sentindo dor. Já a fisioterapia deve ser realizada por um período de 6 meses a 1 ano. 


Gerenciamento de dor

O surgimento de dores após a realização da cirurgia é perfeitamente normal e faz parte do processo de cicatrização. O médico responsável pelo procedimento, juntamente com a sua equipe de enfermagem, devem atuar para reduzir a dor do paciente, além de ajudá-lo em sua recuperação. 

Serão prescritos medicamentos para alívio da dor a curto prazo. Existem diversos tipos de medicamentos que estão disponíveis para amenizar a dor, incluindo antiinflamatórios não esteróides (NSAIDs), opiáceos e anestésicos locais.

A equipe médica pode ainda receitar uma combinação desses medicamentos para reduzir a dor, bem como, minimizar a necessidade do uso de opiáceos, visto que trata-se de uma substância narcótica que pode viciar. Ou seja, o uso de opiáceos deve ser indicado e controlado pelo seu médico.

Reabilitação

Com a  devida assistência de um fisioterapeuta, o paciente pode sair da cama já no dia seguinte à cirurgia. No entanto, a quantidade de peso que poderá ser colocado sobre a perna recém operada vai ser determinada pelo médico cirurgião. 

Já o fisioterapeuta tem a função de ajudar o paciente a recuperar a força e a capacidade de andar. Esse processo geralmente dura cerca de três meses.

Cuidados médicos

Em alguns casos, após a cirurgia, pode ser necessário a realização de uma transfusão de sangue. Grande parte dos pacientes vai receber medicamentos para diluir o sangue e reduzir as chances de desenvolver coágulos sanguíneos. Tais medicamentos podem ser ingeridos na forma de injeção ou comprimidos. A utilização de botas e meias de compressão ​​também é bastante recomendada. 

Após a cirurgia o paciente ainda vai precisar comparecer à consultas para que o médico ortopedista/cirurgião possa verificar a ferida, remover suturas, acompanhar o processo de cicatrização através de exames raio-X, além de prescrever fisioterapia adicional, quando necessário.

A maioria dos pacientes consegue recuperar muito, ou toda a mobilidade que tinham antes da lesão.

Tratamento não cirúrgico

Pacientes que estão muito doentes para se submeter a qualquer forma de anestesia ou que encontram-se confinados em uma cama ou cadeira de rodas, podem ser considerados para um tratamento não cirúrgico. 

Isso porque existem alguns tipos de fraturas que são consideradas estáveis e podem ser gerenciadas com um tratamento não cirúrgico. No entanto, visto que existe um pequeno risco de que essas fraturas “estáveis” mudem de posição, é necessário que o médico siga com os exames de raio-X na região de forma periódica.

Nos casos em que os pacientes encontram-se confinados ao repouso no leito, para fazer o manejo das fraturas, eles precisarão ser monitorados quanto a complicações que podem ser desencadeadas devido ao longo período de imobilização. Estes incluem escaras, infecções, pneumonia, perda de nutrientes e formação de coágulos sanguíneos.

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