20 de dezembro de 2022
A discopatia degenerativa trata-se de uma condição progressiva que acomete os discos intervertebrais. Apesar de ser bastante comum na região lombar, a condição pode afetar também outras partes da coluna, causando sintomas como dor, rigidez, formigamento e até dificuldade para mover as costas.
Dentre os principais fatores de risco podemos destacar a má postura e as lesões causadas por movimentos incorretos ou traumas. O avanço da idade também pode favorecer o desgaste natural dos discos e, consequentemente, aumentar as chances de propensão à discopatia.
Além do desconforto e demais incômodos inerentes à condição em si, a discopatia, em seu estado mais avançado, é capaz de prejudicar a relação entre os componentes da coluna, além de favorecer o desenvolvimento de outros quadros clínicos, como artrose na coluna, hérnias de disco e bicos-de-papagaio.
Quais são as causas da discopatia degenerativa?
A discopatia degenerativa geralmente é associada ao processo de envelhecimento. É comum que pessoas com idade superior a 40 anos apresentem sinais de desgaste nos discos intervertebrais uma vez que, com o passar do tempo, essas estruturas acabam perdendo água e sofrem alterações conformacionais. O motivo pelo qual a idade é um fator determinante está relacionado com a função que os discos desempenham no que diz respeito à estabilidade da coluna. Essas pequenas estruturas gelatinosas localizam-se entre cada par de vértebras e funcionam como uma espécie de amortecedores. Eles são responsáveis por absorver os impactos sofridos ao caminhar, rotacionar ou movimentar as costas, garantindo que o atrito entre os ossos e demais componentes seja minimizado. O peso do corpo, a tensão e os movimentos realizados no dia a dia podem fazer com que os discos intervertebrais fiquem achatados e desidratados, caracterizando a discopatia.
A perda de líquido e volume resulta em uma redução da capacidade de amortecimento dessas estruturas e, consequentemente, resulta em um desequilíbrio na relação entre os componentes da coluna, fator esse que acaba dificultando a movimentação, além de gerar dores e incômodos.
O envelhecimento, assim como o tabagismo, a obesidade, má postura, a ocorrência de pancadas e lesões e a realização de exercícios físicos sem a supervisão de um profissional são fatores que podem acelerar o processo de degeneração dos discos.
Em alguns casos, questões anatômicas podem levar a uma predisposição congênita, ou seja, em um aumento da propensão para desenvolver a discopatia.
Considerando que se trata de uma condição progressiva, é de extrema importância que os sintomas sejam identificados o mais brevemente possível. Dessa forma, é possível dar início ao tratamento adequado juntamente com um especialista em coluna.
Quais são os sintomas da discopatia na coluna?
A discopatia degenerativa pode surgir de forma silenciosa, ou seja, sem apresentar nenhum sintoma. Por esse motivo, é bastante comum que os pacientes procurem ajuda profissional somente após o agravamento do quadro.
Entre os pacientes sintomáticos, a dor na região lombar ou na nuca figura como um dos principais sinais de alerta. Em alguns casos, esse incômodo pode irradiar para as pernas, braços e nádegas e vir acompanhado por dormência, formigamento ou perda de sensibilidade.
A forma com que os sintomas se apresentam varia bastante de uma pessoa para outra sendo que podem persistir por semanas e até meses ou desaparecer em poucos dias. Geralmente, os incômodos ficam mais intensos ao final do dia e podem melhorar ao deitar, caminhar ou mudar de posição.
A discopatia também pode causar fraqueza e rigidez na coluna, reduzindo a capacidade motora do paciente e prejudicando o seu desempenho no cotidiano.
Como é feito o diagnóstico?
Para se chegar a um diagnóstico adequado é importante consultar um médico especialista em coluna.
Inicialmente, o estado clínico do paciente, assim como o seu histórico, devem ser avaliados, visando verificar a ocorrência de sintomas e fatores de risco.
Além disso, exames de imagem (como raios-X, tomografia computadorizada ou ressonância magnética) podem auxiliar no esclarecimento das especificidades do caso e determinar o melhor tratamento.
Tratamento para discopatia degenerativa
Os tratamentos para discopatia, geralmente, têm o objetivo de amenizar os sintomas e desacelerar o desenvolvimento do quadro.
O uso de medicamentos pode ser aliado à prática de exercícios de fortalecimento para reduzir os desconfortos e recuperar a funcionalidade motora das regiões afetadas, no entanto, tais ações não são capazes de restaurar os discos.
Antiinflamatórios, analgésicos e medidas não medicamentosas, como a fisioterapia, são altamente indicados.
É possível prevenir o desenvolvimento da discopatia degenerativa ao adotar hábitos posturais mais saudáveis. Para isso, lembre-se de manter a coluna ereta ao carregar peso ou quando ficar em uma mesma posição por um longo período de tempo para reduzir a tensão sobre os discos e evitar que as estruturas fiquem posicionadas de maneira incorreta.
Além disso, experimente incluir em sua rotina alguns minutos de alongamento para diminuir as chances de lesões e preparar as costas para os impactos do dia a dia. A prática regular de exercícios físicos também ajuda a fortalecer os músculos da coluna e conferir mais suporte para a região do tronco.
Se você pratica alguma atividade que pode sobrecarregar a coluna ou se identificou com algum dos sintomas aqui descritos, não deixe de consultar um médico especialista em coluna para acompanhar, prevenir e tratar possíveis condições.