A entorse de tornozelo é um problema comum para quem pratica esportes e é muitas vezes confundida com luxação e deslocamento do tornozelo. Neste artigo, vamos conhecer um pouco melhor essa lesão tão frequente, bem como suas causas, graus e tratamento. Passaremos pelos seguintes tópicos:

  • O que é uma entorse de tornozelo?
  • Tipos de entorse de tornozelo
  • Causas mais comuns da entorse de tornozelo
  • Graus de entorse de tornozelo
  • Tratamento para entorse de tornozelo
  • Conclusão

O que é uma entorse de tornozelo?

A entorse de tornozelo é uma lesão nos ligamentos proveniente de uma torção do tornozelo. Quando há esse tipo de lesão, o tornozelo fica desprotegido e “solto”, dificultando o caminhar. Isso ocorre pois os ligamentos são estruturas elásticas responsáveis pela estabilização das articulações nas posições corretas. No caso do tornozelo, os ligamentos têm a função de estabilizá-lo lateralmente.

Normalmente, nossos ligamentos possuem uma amplitude máxima até onde podem esticar. Uma vez alcançada, eles tendem a voltar à posição inicial. Na entorse de tornozelo, essa amplitude máxima não é respeitada, ocasionando o rompimento de um ou de ambos os ligamentos: complexo ligamentar externo e ligamento lateral interno.

Essa é uma lesão que ocorre quando o tornozelo é mobilizado de maneira anormal. Por exemplo, rotacionar, torcer ou rolar o pé. Esses movimentos podem esticar o ligamento além da sua amplitude (casos menos graves) ou até rompê-lo (casos mais graves).

Tipos de entorse de tornozelo

São dois os tipos de entorse de tornozelo: por inversão e por eversão. A diferença entre eles é o sentido do movimento do corpo em relação ao pé.

A mais comum é a entorse por inversão, que ocorre quando a articulação é forçada para o lado de dentro. Geralmente, o ligamento lesionado nesse tipo de entorse é o complexo ligamentar externo.

A entorse por eversão ocorre da mesma forma que a por inversão, mas no sentido contrário do movimento.

Causas mais comuns da entorse de tornozelo

A causa mais frequente da entorse de tornozelo é a torção do pé na prática de esportes, principalmente aqueles que envolvem salto, corrida e mudança abrupta da movimentação. É o caso de esportes como o futsal, basquete, tênis, vôlei e futebol.

No entanto, no dia a dia, fora da prática de esportes, as entorses também são comuns. Mulheres que fazem bastante uso de sapato salto alto são as mais acometidas por essa lesão. O “pisar em falso”, tropeçar ou escorregar também podem ocasionar as entorses de tornozelo.

Pessoas que, por alguma outra comorbidade, possuem falta de equilíbrio (geralmente por fraqueza muscular ou labirintite), também possuem maior risco de se lesionar. Nesses casos, são indicados tratamentos preventivos, como musculação e fisioterapia.

Quem já teve essa lesão alguma vez no passado, principalmente se foi uma lesão grave, tem mais chances de se lesionar novamente. 

Vale lembrar que a entorse no tornozelo pode acometer pessoas de qualquer idade, sexo e estrutura física, e qualquer um dos tornozelos está sucetível à lesão.

Graus de entorse de tornozelo

A gravidade da entorse de tornozelo varia de acordo com a quantidade de ligamentos danificados e com o grau de dano que os ligamentos sofreram (estiramento ou rompimento). Hoje, separamos a entorse de tornozelo em grau 1, 2 e 3.

Entorse de tornozelo Grau 1 (ligeira)

Em uma entorse leve (ou ligeira), a pessoa sente dor e o tornozelo incha. A articulação ainda está estável e é possível caminhar com pouca dificuldade. Há um estiramento leve e rupturas microscópicas das fibras dos ligamentos (a aparência é parecida ao papel comido por traças, com pequenos buraquinhos). 

Entorse de tornozelo Grau 2 (moderada)

Na entorse de tornozelo moderada, ocorre uma ruptura parcial do ligamento, gerando dor moderada e bastante inchaço ao redor do tornozelo, podendo limitar a movimentação da articulação.

Como o ligamento está parcialmente rompido, o movimento pode ficar anormal caso o médico mova o tornozelo em algumas direções. Nesse caso, vê-se facilmente que a estrutura está comprometida e é perigoso caminhar sem nenhum apoio ou imobilização no pé.

Entorse de tornozelo Grau 3 (grave)

Em uma entorse de grau 3, apoiar o pé prejudicado no chão pode se tornar impossível. A dor e o inchaço são tremendos, pois o ligamento foi completamente rompido.

A articulação está completamente instável e o pé fica com aspecto de solto, “bamboleante”.

Tratamento para entorse de tornozelo

O tratamento para entorse de tornozelo varia de acordo com o grau da lesão.

Tratamento entorse de Grau 1

Em entorses ligeiras, o tratamento pode ocorrer em casa, realizado pelo próprio paciente ou por um ajudante. As recomendações médicas são:

  • Aplicação de gelo: colocar bolsas de gelo ao redor de todo o tornozelo ajuda a aliviar a dor e o inchaço. A aplicação deve durar menos de 20 minutos e pode ser feita cerca de 5 vezes ao dia, ou quando o paciente sentir dor.
  • Repouso: o pé não deve sofrer o peso do corpo. Então, é preciso utilizar apoios para caminhar, como muletas. Além disso, recomenda-se deixar o pé levantado, sob uma estrutura macia.
  • Compressão: a função principal da compressão é estabilizar o tornozelo, aliviar o edema e acelerar a cicatrização. Ela pode ser feita por meio de ligaduras, pé elástico ou meia elástica.

Tratamento para entorse de Grau 2

No caso da entorse moderada, as recomendações anteriores seguem em voga. O paciente também pode fazer uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos. Como a lesão é maior, recomenda-se seguir o tratamento por mais tempo, para que o ligamento cicatrize por completo. O uso de muletas é ainda mais necessário aqui.

Tratamento para entorse de Grau 3

Na entorse grave, as recomendações seguem as mesmas:

  • Gelo
  • Repouso
  • Muletas
  • Medicamentos
  • Compressão

A diferença é que o tempo de recuperação será maior e o médico poderá indicar a imobilização da articulação por meio de uma bota walker ou gesso.

Em casos raros, recorre-se à cirurgia.

Conclusão

Ninguém está imune da entorse de tornozelo. Desde crianças a idosos, atletas e sedentários, homens e mulheres, enfim, todos correm o risco de se lesionarem. Portanto, a prevenção é extremamente indicada aqui.

O ideal é realizar exercícios de fortalecimento da musculatura das pernas e exercícios de equilíbrio, bem como fisioterapia e alongamentos. E, é claro, em caso de lesão, é preciso buscar o quanto antes um médico ortopedista para iniciar o processo de diagnóstico e tratamento.

Esperamos que este artigo tenha sido útil e ficamos à disposição para lhe ajudar!




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