20 de dezembro de 2022
Você já ouviu falar de entorse de tornozelo? Essa é uma lesão bastante popular entre os atletas do futebol, vôlei, basquete e outros esportes que envolvem pular e correr: representa cerca de 10 a 15% de todas as lesões esportivas (MacAuley, 1999).
Devido à tamanha “popularidade”, não poderíamos deixar de trazer uma explicação sobre ela, seus sintomas, graus de gravidade e tratamentos. Então, vamos começar!
O que é Entorse de Tornozelo?
Entorse é o nome dado a um movimento violento, que culmina no estiramento ou na ruptura dos ligamentos de uma articulação. A entorse de tornozelo, portanto, consiste no rompimento ou na lesão dos ligamentos do tornozelo, comum com praticantes de esporte, como vimos.
O mais comum é que essa lesão aconteça lateralmente, quando o pé “tomba” para o lado. Porém, também ocorrem casos de entorse frontal do tornozelo, principalmente com esportistas do futebol, ao chutar a bola e travar a chuteira no gramado.
Além do esporte, os casos mais comuns de entorse de tornozelo acontecem no uso de salto alto, ao caminhar sobre terreno irregular e ao pisar em falso. Geralmente, esses são os casos mais amenos, caracterizados como grau 1. Há, ainda, outros 2 graus. Que tal uma olhadinha neles?
Graus de Entorse de Tornozelo
Os graus de entorse de tornozelo variam de acordo com a gravidade da lesão nos ligamentos. O Grau 1 é caracterizado por uma pequena lesão, quase imperceptível, e que não impede o paciente de caminhar. Geralmente, há pouco inchaço e uma dor leve ao pisar.
O Grau 2, por sua vez, consiste numa ruptura parcial do ligamento. Nesse caso, a dor é maior, bem como o inchaço. O paciente consegue caminhar com dor e dificuldade, sendo a dor presente também ao tocar a região toda do tornozelo.
O Grau 3, por fim, consiste na ruptura total do ligamento. Nessa ocasião, a dor é extrema e o tornozelo fica “frouxo”.
Para saber qual é o grau de uma lesão, o ideal é recorrer a um médico, mas há alguns sintomas para identificar isso por conta própria.
Sintomas da Entorse de Tornozelo
Quando uma entorse acontece, sente-se rapidamente uma dor no local, tanto ao pisar quanto ao tocar o tornozelo. Em seguida, a região pode começar a inchar e a apresentar hematomas e edemas. A dor, os hematomas e os edemas serão tão maiores de acordo com a gravidade da lesão.
Quando a entorse é mais grave (graus 2 ou 3), pode-se ouvir o tendão rasgando na hora em que o tornozelo é torcido. Imediatamente o local inchará e doerá, tornando quase impossível caminhar.
O tempo de recuperação sempre varia com a gravidade da lesão. Mas, sobre isso, vamos falar mais no tópico seguinte.
Tratamento para entorse de tornozelo
Toda entorse precisa ser diagnosticada antes de qualquer tratamento. Quando há uma entorse de tornozelo Grau 1 ou Grau 2, o tratamento pode ocorrer em casa, seguindo as recomendações do médico. Essas recomendações geralmente incluem:
⬛ Repousar — nesse caso, o indicado é não se movimentar muito e evitar ao máximo caminhar utilizando o tornozelo lesionado. Para tanto, pode-se utilizar um par de muletas.
⬛ Utilizar gelo — além de ajudar na dor, o gelo também auxilia a diminuir o inchaço e os hematomas. Mas é preciso tomar um cuidado: o gelo deve estar encoberto com uma camada que impeça seu contato direto com a pele, a fim de evitar queimaduras. O tempo indicado para as sessões de gelo é de 10 a 20 minutos.
⬛ Fazer compressão — com uma ligadura ou uma meia elástica, a compressão ajuda a amenizar o edema e a evitar que o tornozelo volte a torcer.
⬛ Elevar o pé — a elevação é indicada, principalmente, para que o edema seja absorvido mais rapidamente.
A única diferença entre o tratamento para entorse de Grau 1 e de Grau 2 é o tempo, pois a entorse de Grau 2 exige mais repouso do paciente.
Quando a entorse é de Grau 3, a articulação está seriamente lesionada e com sua estabilidade bastante comprometida. Portanto, além de todos os cuidados já citados, é provável que o médico indique a utilização do gesso ou de uma bota especial para imobilizar a região e permitir a cicatrização dos tendões.
Há casos, ainda, em que é necessário realizar um procedimento cirúrgico, mas são menos comuns.
Em conjunto com todas essas medidas, o médico pode, ainda, receitar alguns remédios. Os mais comuns são os anti-inflamatórios, como o ibuprofeno, que ajuda na dor e no inchaço, ou outros medicamentos mais voltados à dor.
Além dos comprimidos, o uso de pomadas também apresenta bastante eficácia no combate das dores e dos edemas.
Geralmente, a prescrição de remédios é feita em todas as entorses, de qualquer grau.
Em muitos casos também é necessário realizar sessões de fisioterapia, em conjunto com as medidas supracitadas. A fisioterapia ajuda na cura do tecido danificado, no seu posterior fortalecimento e na promoção da elasticidade, evitando a rigidez e possibilitando um retorno às atividades normais mais rápido.
No geral, a fisioterapia inclui as seguintes medidas:
? Exercícios que promovem a amplitude do movimento, para evitar a rigidez.
? Exercícios de sustentação e fortalecimento da musculatura e dos ligamentos embaixo d’água, para aliviar o peso do corpo.
? Exercícios de resistência e agilidade em solo, assim que o paciente conseguir caminhar sem a ajuda de equipamentos, tais como correr em zig zag entre cones.
? Exercícios para equilíbrio, já que a falta dele é o maior fator para a reincidência de entorses de tornozelo. Os exercícios podem ser: apoiar-se, de olhos fechados, somente sobre o pé lesionado, manter-se em cima de pranchas suspensas etc.
Conclusão
Numa perspectiva geral, as entorses possuem um bom índice de recuperação. Isso depende do comprometimento do paciente em cumprir as prescrições médicas, é claro, mas não podemos esquecer que receber as indicações corretas faz toda a diferença. Por isso, é importante se consultar com bons profissionais.
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