Formação do cotovelo


O Cotovelo é uma articulação bastante complexa, formada pela relação de três ossos: o Úmero, o Rádio e a Ulna. Além da própria anatomia óssea, o cotovelo tem estabilidade aumentada pela presença da cápsula articular e dos ligamentos colaterais e anular. Além do movimento de flexão e extensão, o cotovelo ainda é capaz de executar movimento de pivot, pronação e supinação (movimento rotacional utilizado para apertar um parafuso com uma chave de fenda, por exemplo).



Como ocorre a fratura no cotovelo?


Se você falar com um médico ele irá definir assim: a fratura do cotovelo é qualquer fratura que acomete a região distal do úmero (a partir da crista supracondilar), a proximal do rádio (cabeça e colo) e a proximal da ulna (olecrano e coronoide). 

Os principais mecanismos de fratura do cotovelo são: o trauma direto na região do cotovelo e o trauma indireto, como na queda da própria altura sobre o braço estendido. Em pacientes mais jovens, geralmente a fratura ocorre após traumas por mecanismo de alta energia, como nos acidentes automobilísticos. 



Quem tem maior risco de fraturar o cotovelo?


Geralmente nas crianças, a maioria das fraturas ocorre em pacientes entre 5 e 10 anos de idade e é mais comum em meninos. Nos adultos, as fraturas têm uma distribuição bimodal, sendo mais comum em jovens do sexo masculino (relacionados a acidentes de grande energia, como os automobilísticos) e em mulheres idosas (relacionada a osteoporose e a traumas de baixa energia, como quedas).



Quais os sintomas?

São variados como dor, edema (inchaço), hematoma/equimose (mancha de coloração roxa, por extravasamento de sangue) e deformidade, além de incapacidade de mobilizar o membro superior afetado. Algumas vezes, o paciente dá entrada no pronto-socorro mantendo o braço junto ao tórax para tentar aliviar a dor.



Como é feito o diagnóstico?

Além do quadro clínico e do exame físico, a utilização de alguns exames de imagens auxilia no diagnóstico e no planejamento da conduta terapêutica. 

A radiografia (RX) é o exame mais acessível e o mais utilizado para essa finalidade. A tomografia é muito útil para uma melhor avaliação do padrão de fratura. 



Existe alguma fratura mais grave do que a outra?


Sim. As fraturas do cotovelo diferem entre si em termos de gravidade. Dentre os principais parâmetros, três se destacam para dizermos quão mais grave é a fratura. Acompanhem abaixo:


1- Fraturas expostas ou lesões associadas;

2- Desvio dos fragmentos;

3- Padrão da fratura.



Como o padrão da fratura é classificado? 


Cada fratura é diferente de uma pessoa para a outra, porém muitas apresentam padrões semelhantes. Tais padrões permitem criarmos uma classificação que orienta os médicos na condução do tratamento. Para cada um dos três ossos que compõem o cotovelo, existe uma classificação distinta. Basicamente, elas dividem as fraturas de acordo com a localização da fratura, com energia/mecanismo do trauma e de acordo com o “traço” de fratura e com o desvio dos fragmentos (número de partes). 

Geralmente, cada osso fraturado é classificado separadamente, por exemplo: em uma fratura do cotovelo que acometeu o úmero e a cabeça do rádio, será feita a classificação da fratura do úmero e da fratura da cabeça do rádio, separadamente.



Como é feito o Tratamento Conservador? 


A principal indicação de tratamento conservador é feita nos casos de fraturas sem ou com pouco desvio. O tratamento é feito com imobilização gessada, geralmente do tipo axilopalmar, sendo sempre realizado o acompanhamento radiográfico. 


Sobre o tempo: em torno de 3 a 4 semanas, os exercícios ativos leves são iniciados. Entre 6 e 8 semanas, a imobilização é retirada e o paciente pode iniciar alongamentos e exercícios contra resistência leve. O retorno a um arco de movimentos e à função quase normal é esperado após um período de 6 a 9 meses.



Como é feito o Tratamento Cirúrgico? 


No tratamento cirúrgico as indicações mais aceitas são das fraturas agudas do cotovelo como as fraturas expostas, comprometimento neurovascular associado e politraumatismo. 


Outras indicações são os grandes desvios, fraturas intra-articulares desviadas (incongruência articular) e falha do tratamento conservador. As demais situações devem ser avaliadas caso a caso. 


Dentre as principais técnicas empregadas, está a utilização de placas e parafusos, fios (pinos), fixadores externos e Artroplastia (prótese).



Quais as possíveis complicações? 


Infecção, Pseudartrose, deformidade residual, necrose, Artrose (também conhecido como Osteoartrite), lesão neurovascular, Trombose, embolia, entre outras.



Em quanto tempo retorno às minhas atividades? 


O retorno vai depender muito da gravidade da fratura, das lesões associadas e de qual técnica de tratamento foi utilizada. 


Geralmente, o retorno pode variar de 6 a 12 meses no adulto e de 4 a 6 meses nas crianças. Todavia, há casos mais graves e mais complexos que necessitam de mais tempo para a reabilitação completa.



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